
Era para Marcos já ter superado há mais tempo essa marca. Mas lesões e fraturas marcaram ossos e músculos. Numa das tantas, Marcos caiu no dérbi vencido contra o rival, em 2006. No dia seguinte, quase mil mensagens de corintianos na comunidade alvinegra no Orkut não deixavam dúvida. Ele não é só um ídolo campeoníssimo pelo Palmeiras, e campeão do mundo pelo Brasil. É uma pessoa querida. A maior conquista num futebol de ídolos de barro, aos berros ou por birra.
São Marcos não é santo. Erra como qualquer outro. Mas os erros dele são mais humanos. Ele erra de tanto querer acertar, de tanto se irritar com quem não quer jogar quebrado - como ele jogou na Libertadores-00, com o pulso aberto para defender aquele pênalti de Marcelinho. Ele é um que lutou mais e vibrou mais com um título de Segundona em 2003 que com um título mundial em 2002. Quando festejou em Brasília no trio elétrico com a camisa verde que nunca pôde usar como goleiro. Mas que talvez tenha usado melhor que qualquer jogador da linha de raça palmeirense.
“Marcos” é palavra no plural, mas esse Marcos é singular. Único. Poderia se chamar Marco. Maiúsculo, mesmo, que Marcão é enorme. Marco que é referência que merece toda a reverência. Pelo que é, pelo que cata, o Marcão tem mais é de ser Marcos. Porque é um que joga por 11. Ou pelos tantos camisas 12 espalhados pelo estádio, espelhados nele. O camisa 12 número um da história palmeirense.
Ele até pode não ser o melhor em 96 anos da academia de goleiros do Palestra. Mas não conheço alguém melhor para defender seu time como Marcos.
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